sábado, 6 de março de 2010

BA7 S.JACINTO 1976

B.A.7 S.Jacinto, seria Sexta Feira de um dia quente 1976.

Depois de uma manhã de fisica e um crosse, nada melhor que um bom banho e de água fria, feito isto foi esperar pela hora de almoço, e por sinal para mim era a refeição que mais gostava de todos os dias da semana, Carne de porco alentejana, e para acompanhar o tal branco de mesa, não era bom mas era muito. O cozinheiro civil o Sr.Coelho, que durante alguns anos ainda o via lá por S.Jacinto já eu era civil, era impecável dava sempre para repetir, lá fomos eu e o meu grupo, comemos e bebemos muito bem e no final fomos lá fora ao Gato Preto tomar dito café,e jogar uma bilharada de matrecos, um pouco mais tarde regressamos a Base,e sem ter nada para fazer, até que um teve uma infeliz ideia.

E se fossemos á Torre de Control saber se há instrução de vôos, lá fomos por azar havia,pedimos autorização não me lembro se assinámos o termo de responsabilidade e fomos levantar o equipamento, Capacete com micro e o para-quedas e dirigimo-nos aos aviões os célebres caças T6, éramos 5 ou 6 P.As também não me lembro se o Pinto o P.A. que está em Bruxelas, estaria presente? O Piloto o Alféres Lóza este nome não mais o esqueci,e antes de subir para o aparelho ainda lhe pergunteí, ó meu Alferes quer que eu vá á frente, não que você aqui enjoa. Acho que ele ficou a pensar aqui temos um Cabo reguila.

Levantou 1 --2---3 e os outros e a dada altura já andavamos lá em cima ás cambalhotas,vira para um lado, para o outro, rodas para cima rodas para baixo e eu já tinha momentos que não via a terra nem o céu, por cima das arvores por cima do mar, se pusesse um pé de fora molhava as botas, poucos minutos depois já me tinha arrependido e entrar naquele avião. Eu fui avisado no levantamento do equipamento que havia um acordo que quem vomitasse teria que pagar uma grade de cerveja no clube de Pilotos e outra no dos Cabos Espec. mas isso não seria para mim disse eu.
Ainda lá em cima, já estava todo roto, até que não aguentei, veio tudo cá para fora até pelos orificios do micro entrou camafulado o lugar onde estava sentádo o fundo da nave que era de aluminio polido, até corria no chão consoante a posição do avião, os dois pratos mais aquele vinho todo, perdeu-se. Ao fim de um largos minutos quando os aviões estavam lado a lado reparei que o meu Piloto fêz um sinal com o dedo polegar ou a dizer este já está ou a dar sinal para ir embora. Aterramos finalmente.

Todos cá fora quem vomitou e quem não vomitou? Bom eu fui o unico, o dinheiro era pouco mas lá passei pelo Clube de Oficiais e paguei, só não paguei aos especiais não porque não gostava deles. Moral da história sempre que os meus camaradas me falavam, vamos a Torre, ide vós, que eu estou muito bem aqui.


Antonio Monteiro 1ºCabo P.A 020012

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