sábado, 6 de março de 2010

1977 AB1 FIGO MADURO

Uma das atribuições da Policia Aérea é a protecção dos recursos humanos e materiais, nomeadamente controle de pessoas e viaturas.

Decorria o n ano de 1977 na ex AB1, Figo maduro, hoje AT1, um dia normalíssimo para o pessoal de serviço nas duas portas de armas, uma a norte, no Figo Maduro ,zona dos hangares ,terminal de embarque e desembarque e o canil com seis cães (Mike, Andro, Jofre , Brakiev os outro dois não recordo o nome) e a outra na zona das instalações anexa ao Aeroporto de Lisboa onde se situava o comando, secretarias, companhia de policia, bares, refeitório, e alojamentos.

Foi nesta porta de Armas que inesperadamente aparece uma carrinha com um vendedor de produtos de salsicharia para fazer entrega de material no clube de Sargentos, parou no controle, parece que era habito por já ser conhecido do pessoal entrar sem deixar identificação e colocar o cartão de visitante ao peito, mas nesse dia como passava pela porta de armas para cumprimentar o pessoal, talvez mal-humorado não autorizei e o individuo acelera e arranca em direcção ao interior da unidade, corri atrás da viatura, puxei da valther e meti bala na câmara com o cano encostado á cara do individuo e mandei-o recuar devagar de marcha trás até fora da porta de armas. O homem estava amarelo e tremia por todos os lados. Depois de acalmar arrancou com a viatura e nunca mais o vi.

O Comandante do AB1 era o Tenente-Coronel Costa Santos, que viu todo o filme da porta do comando que ficava a sensivelmente a 100 metros.
A coisa passou e quando cheguei á companhia para informar o comandante da policia que era o Cap. Paraq. Candeias que nada sabia do sucedido, informou-me que o Comandante da unidade queria falar comigo, fiquei apreensivo mas de consciência tranquila do dever cumprido. Lá fui meu, bati uma bruta continência e pedi para entrar, então ele pediu-me para explicar o sucedido, depois das explicações feitas, qual a minha surpresa quando ele me disse “ Excelente actuação Gomes “, já na porta de saída do gabinete depois de outra bruta continência ele chamou por mim e fez-me a seguinte pergunta “ ó Gomes se o homem não parasse você dava-lhe um tiro”, eu respondi “ eu dava meu Comandante” (não dava nada).

Cheguei á companhia para dar conhecimento ao Cap. Candeias com mais dois centímetros de peito.


P.GOMES

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