sábado, 6 de março de 2010

BA7 S.JACINTO 1968

Na BA7, a ordem de serviço era batida em stencil e só depois é que ia para a Secção Técnica para a máquina duplicadora para posteriormente ser distribuída pelos diversos serviços.

Ora a mesma quem a fazia era um Cabo Amanuense da Secretaria de Comando que, muito melhor do que todos os seus camaradas, escrevia com mesma com os 10 dedos e com a particularidade de não precisar de olhar para o teclado.
Já agora é bom referir que o rapaz trabalhava na vida civil num escritório de advogados em Aveiro como escriturário-dactilógrafo.

Como à uma vez para tudo, certa vez o artista resolveu, ao mesmo tempo que batia a ordem de serviço, começou a ler uma carta que a namorada lhe havia enviado.
Não queiram saber, o entusiasmo foi tal que a determinada altura o artista ligou o "complicador", e quando acabou de ler a carta, continuou impávido e sereno o seu trabalho até final.

Só quando resolveu dar uma olhadela pela O.S, para ver se havia alguma coisa para corrigir, é que reparou que tinha batido a carta toda da namorada na O.S. e ainda bem que o fez pois caso contrário, tinha dado uma "barracada" de todo o tamanho.
Lá teve que recomeçar tudo de novo e guardou o exemplar para mostrar aos amigos mais chegados do insólito acontecimento.
No melhor pano cai a nódoa e estas coisas deve-se guardar segredo e como assim não foi, ao outro dia já toda a Base sabia e ele não se livrou de ouvir umas "bocas" à maneira.

Lá diz o velho ditado.

Um homem discreto é aquele que pensa duas vezes antes de não dizer nada.

Loureiro/68

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