sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O FILHO DO MAJOR

Esta história ocorreu com este CFE/PA de que eu fui um dos instrutores.Assim, após uma cerimónia que eu presumo ter sido a imposição das boinas, sem ter a certeza de tal, abeirou-se de mim um Sr Major FAP fardado de UN n° 1 chamando-me pelo meu nome sem eu o conhecer de lado algum.
Tendo-me aproximado dele e depois das continências, respondi-lhe:
- Meu Major!E ele de imediato.-Quero-lhe agradecer tudo que fez pelo meu Filho.
Atónito, momentaneamente fiquei sem saber o que dizer, pois não sabia a quem se estava a referir.De relance olho a sua placa de identificação e vejo "DIAS". Era então o Pai do Dias que fazia parte do curso que tínhamos acabado de ministrar. E o diálogo prosseguiu.-Não fui só eu meu Major respondi-lhe, tendo ele retorquido.-Eu estou a agradecer-lhe a si.-Eu, fiz o que estava ao meu alcance meu Major, disse-lhe ainda. -Eu sei o bom trabalho que fez com os "Rapazes" e, por isso o felicito.-Obrigado meu Major. Um aperto de mão e as continências puseram fim a este diálogo.Fui de imediato perguntar aos outros instrutores Alf/PA Capeto e Sarg/PA Soares se sabiam que o Dias era filho dum Major FAP.
Ficaram tão boquiabertos quanto eu. Não sabiam tal como eu, tendo ficado surpreendidos.Esta situação ilustra bem o carácter deste , então, jovem PA que nunca se aproveitou do facto de ser filho de um Oficial Superior, tendo-o escondido de nós, não sabendo se os seus camaradas do curso estavam ao corrente de tal, o que também é verdade que se diga, o pôs a coberto de pagar mais umas quantas.

Já passaram mais de 25 anos, ainda guardo na minha vitrina de recordações a medalha que me ofereceram no final do curso assim como a bola de futebol de salão onde todos escreveram as suas dedicatórias que muito me semsibilizaram.

SAJU/PA(R) Costa Pinto

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