sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

HOMENAGEM AO "CHEFE GARCIA" Parte I

Corria o ano de 1963.
Estávamos no mês de Agosto.
Manhã solarenga, no Cais da Rocha, em Lisboa.
Acostado ao cais, o navio "Niassa", no qual embarcavam centenas de homens, fardados com os "camuflados" do Exército.

No meio deles, não passávamos despercebidos. Garbosamente fardados, ostentando na cabeça, orgulhosamente a BOINA AZUL, símbolo da nova Policia Aérea, criada para policiamento e defesa próxima das instalações pertencentes ou ocupadas pela FAP, em todo o território nacional.

Tínhamos chegado directamente da Base Aérea N° 3, em Tancos, onde frequentamos o 1° Curso da E.I.P.A., composto unicamente por voluntários. Eu, pessoalmente, tive a honra de ser o 1° soldado desse curso, a subir ao "podium", para me ser imposta a tão cobiçada e desejada BOINA AZUL, pelo General Chefe do Estado Maior da Força Aérea, nessa longínqua época (peço desculpa, mas não me recordo do seu nome).

Éramos uma trintena de jovens de 17/18 anos, rebeldes e sempre prontos a refazer o mundo.
No meio desta multidão de soldados, ouvimos uma ordem enérgica de "Formar". Era um Homem, de porte atlético, voz firme, e como nós, tinha a Boina Azul, divisas de 2° Sargento e tem o nome de ANTÓNIO JOAQUIM MARQUES GARCIA.
Foi-nos dado ordem de embarcar, e eu, juntando-me a mais 2 ou 3 camaradas, subimos a um dos mastros mais altos do navio.

Quando descemos, recebemos a recompensa da nossa façanha: 20 flexões, ali mesmo no convés do Niassa.
Alguém disse que se podia sujar a farda de gala, e como resposta, tivemos direito a mais um suplemento de 10 flexões.
Tomávamos conhecimento com a disciplina do 2° Garcia!

Carlos Oliveira (Bolinhas)
PCAB/PA

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